PROFISSÕES E FUTURO

Agentes de viagens estão para os aplicativos, bancos completos por celular, motoristas estão para os carros que dirigem sozinhos, caixas e recepcionistas são substituídos por máquinas de autoatendimento, as enciclopédias dão lugar ao Google e assim por diante… neste cenário, o que esperar das profissões e ferramentas?
Para responder essa pergunta é interessante se contextualizar, entender o passado para se bem colocar no futuro. A 1ª revolução industrial aconteceu entre os séculos 19 e 18 trazendo a primeira mecanização de processos e transportes com a invenção da máquina a vapor e sua aplicação na produção, diminuindo a necessidades de mãos humanas. Logo em seguida, no século 20, já em ritmo mais acelerado, surgiu a eletricidade e o petróleo como novas formas de energia, além de novos modelos de otimização do trabalho, possibilitando a produção em massa e a diversificação de produtos, nessa fase já nos foram apresentados os primeiros robôs capazes de produzir sem um humano por traz operando, um mesmo produto podia naquele momento ser produzido mais rápido e com ainda menos recursos humanos que na revolução anterior. Não muito distante, na 3ª revolução, já nomeada como digital, adventos eletrônicos e de telecomunicações surgem (computador, TV, internet…) criando campo para o que vivemos hoje. Percebido o padrão de otimização, como se preparar para a chamada 4ª Revolução Industrial?
A revolução que vivemos agora está pautada na interconexão de todas as etapas da produção, na velocidade das transformações e nos dados, as máquinas deixam de ser passivas, ou apenas ferramentas, e passam a ser “parceiras de trabalho”, hoje a própria máquina tem em si um sistema de “pensar” e “aprender” a partir de algoritmos e programações sofisticadas, a chamada Internet das coisas e a Inteligência artificial já tomam empregos nunca antes imaginados, segundo estudos da Universidade de Oxford até 2030 47% dos trabalhos americanos estarão ameaçados, e apenas 53% se manterão em seus empregos.
Nessa lógica, parece coerente colocar que a qualificação exigida para uma boa posição profissional será cada vez maior em uma diferença de tempo cada vez menor, socioeconomicamente isso significa bater de frente com a desigualdade de acesso. Com isso, como as pessoas mais pobres e com menos acesso irão se colocar no mercado?
Uma saída para essas pessoas que estão fora da bolha dos privilégios poderá ser explorar as características essencialmente humanas. Uma boa alternativa seria investir no campo da Estética, afinal, a certeza que temos é que os procedimentos realizados nesta área não podem ser facilmente substituídos por máquinas.
Investir na Saúde e no Bem Estar pode ser a luz no fim do túnel para quem precisa se qualificar rápido e de maneira eficiente.