Cosméticos no tratamento e prevenção do envelhecimento cutâneo

Por Carol Ribeiro

O envelhecimento cutâneo é um processo biológico complexo influenciado por uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos, definido como o acúmulo de dano molecular produzido por espécies reativas de oxigênio. Ao contrário dos órgãos internos que não visivelmente perceptíveis a idade, o envelhecimento cutâneo tem grande importância social.

Dentre os fatores externos que aceleram o processo do envelhecimento estão os fatores ambientais, também chamados de expossomas, principalmente: radiações solares (ultravioleta, luz visível e infravermelho), poluição do ar, tabagismo, má nutrição e uso inadequado de produtos cosméticos. Esses expossomas produzem espécies reativas de oxigênio, que danificam os telômeros, enzimas e membranas celulares do DNA.

A epiderme é um tecido que se auto-renova ao longo de toda a vida. As células são capazes de dividirem-se apenas por um número restrito de vezes, antes de sofrerem a parada permanente da divisão celular que durará até a morte.  A desaceleração da renovação epidérmica e do ciclo celular resulta numa barreira cutânea menos efetiva.

Na derme, alterações na estrutura da fibrilina, bem como a ação de metaloproteinases e outras proteases, geram uma diminuição do conteúdo de colágeno, contribuindo para a formação de rugas. Soma-se o fato de que na matriz extracelular da pele envelhecida as glicosaminoglicanas podem estar associados a material elastótico anormal, funcionando de forma ineficaz, além da diminuição acentuada do ácido hialurônico.

Hoje o mercado disponibiliza uma infinidade de ativos para o tratamento da pele. Para o envelhecimento cutâneo, os principais mecanismos para o seu tratamento são:

 

Manutenção da barreira cutânea: a função de barreira da epiderme permite que ocorram processos bioquímicos normais, além de proteger o tecido cutâneo de desidratação e de fatores externos prejudiciais, como os expossomas. O estrato córneo influencia não só na função de barreira, mas também na estrutura e nas funções da epiderme viável e da derme.

– Hidratação: para prevenir e/ou tratar o ressecamento da pele é recomendado o uso contínuo de hidratante, que são produtos de uso tópico com o objetivo principal de substituir os constituintes do fator de hidratação natural da epiderme e de imitar os lipídeos constituintes do cimento intercelular. O tratamento da pele com hidratantes envolve quatro etapas: 1) reparar a barreira cutânea, 2) aumentar o conteúdo hídrico, 3) reduzir a perda de água transepidérmica e 4) restaurar a capacidade das barreiras lipídicas de atrair, reter e redistribuir a água.

Peelings: principalmente os químicos, tem a função de estimular a renovação celular cutânea.

– Ativos específicos: sejam preenchedores, estimulantes de colágeno, antiglicantes, antioxidantes, entre outros. São mecanismos multifatoriais que visam agir em todos os causadores do envelhecimento, melhorando a qualidade da pele.

 

O tratamento cosmético antienvelhecimento é amplo e complexo e, sempre se inicia pela escolha do higienizante correto, depois do uso contínuo do hidratante e do uso adequado do fotoprotetor. Com o passar da idade, mecanismos específicos passam a ser incorporados nessa rotina.

Conhecer todas as formas de se prevenir e tratar o envelhecimento é essencial para o profissional de estética, já que os cosméticos são a primeira ferramenta e ser utilizada, e é com o seu uso na rotina diária de skin care que o cliente mantém e intensifica os procedimentos realizados em cabine.

 

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